Em qualquer viagem, uma das decisões que mais influenciarão em como tudo ocorrerá será onde colocar toda essa bagagem. As opções no mercado são infinitas, de malas da Minnie a Louis Vuitton. Pensando nos mochilões, em que os trajetos de um país para o outro é feito por companhias Low Cost, como Ryanair na Europa, um fator dominante é o peso e medidas aceitos. Por ter preço baixo em suas passagens, na maioria das vezes, essas empresas cobram um valor alto no caso da mala não caber no compartimento do avião. A multa pode chegar a 50 euros. A dimensão máxima aceita na Easyjet, empresa que também atua em grande parte do continente europeu, é de 56 x 45 x 25 cm (incluindo as rodas) e sem restrição de peso. A Ryanair é mais limitante e admite apenas bagagem de até 10 quilogramas e medidas de 55 cm x 40 cm x 20 cm.
Com a ideia na cabeça que esses serão seus limites, as opções ficam entre as mochilas de longas caminhadas (os famosos mochilões) e as malas de bordo. Ao checar o peso das duas opções em sites de compras, a conclusão foi que a mala de bordo chega a pesar de 2 a 3 quilogramas, dependendo de seu material, e a mochila pode pesar de 600 gramas a 2 quilogramas. Da marca francesa Decathlon, muito conceituada no Brasil, a mochila trekking com capacidade para 50 litros tem peso de 1,7 quilogramas. Como outra opção, a mala de bordo modelo Lunar, da Sestini, tem 2,13 quilogramas.
Ter espaço para levar uma souvenir a mais é significativo. A angustia toma conta quando há uma peça maravilhosa e de grande significado, mas não é possível levar por faltar lugar na bagagem. Não convém se arriscar e comprar os objetos lindos que houver pela frente se, depois de voltar ao hotel (ou couch/hostel/casa do amigo), percebe-se impossível guardar e trazer de volta. Pode sentar em cima, fazer rolinhos com as roupas, mas o material, por mais que não pareça, um momento cede ao tamanho limite. Uma das principais ‘lembrancinhas’ compradas na França, lugar mais visitado em 2013 de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), é a miniatura da charmosa Torre Eiffel. Em uma loja online, seu peso aparece sendo 60 gramas e sua altura 14 centímetros. Não é muito, mas também não é como uma pena. Esse espaço livre na bagagem é bem-vindo e sua nova decoração do quarto agradece.
A mochila, sendo mais leve, além de ajudar a guardar mais lembranças, facilita para subir escadas, andar a pé em asfaltos ruins e na praticidade numa viagem em condições mais precárias. Se, por acaso, precisar levar tudo que tiver para uma noite no deserto do Saara, a areia vai ser um grande empecilho para as rodinhas.
Um mochilão não atende às regras comum de uma viagem turística. O dinheiro às vezes falta e precisa ser economizado, o roteiro é livre e pode ocorrer de não ter uma acomodação no momento em que chegar. A mochila vira sua casa e seus pertences tudo no que pode contar. A relação com uma mala de bordo não consegue ser a mesma, com os ‘puxadores’ que não funcionam nas horas necessárias e as rodinhas sujas e barulhentas. Mas as costas não são de ferro, mesmo com todos os artifícios da mochila para se adaptar bem ao corpo, é preciso descansar do peso de hora em outra. A não ser que seja um Capitão América descobrindo outros continentes.
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